Sabia que a maioria de nós nos comunicamos de forma violenta e nem sabemos?
Há uns dois anos atrás uma amiga minha estava passando por uns problemas no relacionamento dela e me apresentou o termo “Comunicação não violenta”. Eu ainda continuo sem ser especialista ou expert no assunto, mas comecei a pesquisar sobre e fiquei impressionada com a verdade: todos nós temos algum aspecto a trabalhar para melhorar nossa comunicação com os outros, e não sermos violentos.
No começo pode nos impressionar que todos sejamos, num ponto, violentos ao nos comunicar. Mas se pararmos para refletir, é um pouco óbvio: nunca jamais nos ensinaram a lidar com nossas emoções, e a ser empáticos e poder entender as emoções dos outros. Temos aprendido sobre tudo, geografia, história, matemática, mas não sobre como nos comunicar corretamente com os outros.
E assim chegamos a fase adulta, e não sabemos lidar com nossas emoções e sentimentos, ainda menos comunicar de forma não violenta como nos sentimos frente a essas emoções e sentimentos.
Mas Cape, como eu sei se sou violenta(o) ao me comunicar? Se comunicar violentamente é por exemplo apontar pro outro “Você me disse”, “Você me machucou”, “Você me fez”, “Você você você”. 🙄
Pode ser também não se comunicar no mais mínimo, quando por exemplo, frente a uma situação que altere as emoções, e frente a não saber como digerir ou lidar com elas, se fechar completamente aos outros, e criar essa “cortina de gelo”, seja conscientemente a modo de “castigo” com o outro, ou de forma inconsciente a modo de proteção frente ao que as emoções podem ocasionar.
A comunicação violenta acontece quando não sabemos lidar com o que sentimos, pensamos, e é sobretudo não ter a habilidade de poder colocar em palavras o que EU SINTO, SEM APONTAR para os outros.
Mas tá errado me sentir magoada ou machucada quando alguém se comporta de forma errada? Não! Claro que não, ao contrário…contrario… nós seres humanos fomos dotados de consciência que inclui emoções e pensamentos, é de humanos o sentir. Mas lembra que é VOCÊ que se SENTE ASSIM. E só admitindo isso, como primeiro passo, é que eu vou poder iniciar uma conversação não violenta.
Não falo de não ter “essa conversa importante” com a outra pessoa, trocar ideias, melhorar o relacionamento etc. Mas reflita: desde que lugar você fala? Quando apontamos ao outro, o outro se sente atacado (o mesmo acontece com a gente, quando somos apontados, não é?). Desse espaço de se sentir atacado, o outro vai se defender🙅🏻♀️.. não acha?
E aí começa o debate eterno de quem faz mais coisas erradas. 🤦🏻♀️ O foco começa a estar no erro, no que falta, no negativo. E claramente nada bom sai desse lugar 🥵.
💡 Mas se ao invés disso começamos a falar sobre como nós nos sentimos com relação ao que aconteceu, paramos de culpar o externo, e passamos a tomar responsabilidade pelo que estamos sentindo.
👉🏼 Desta forma ao invés de sentir cobrado/apontado, o outro pode ter compaixão, porque pode entender que a gente se sente mal. Do outro jeito, nunca falamos de como nos sentimos, simplesmente estamos jogando o lixo e a responsabilidade toda na outra pessoa.
Dá para ver a diferença? 🤔
E realmente, na minha experiência, a maior parte das vezes é um erro de comunicação. Eu sinto isso ou aquilo, porque eu tinha achado que você quis dizer isso ou aquilo. E quando eu chego a você, te contando como estou me sentindo, dou a chance a você de me entender primeiro, e de corrigir qualquer erro na comunicação que possa ter acontecido.
Mas por que há erros de comunicação ou entendimento? Porque todos nós temos um passado, histórias vividas, experiências historias vividas, experiências passadas, e essas experiências embaçam os óculos com os que enxergamos a realidade. Por isso para mim há duas coisas fundamentais: 1) O benefício da dúvida de que realmente sim pode existir um erro na comunicação, e eu vou me comunicar desde como eu me sinto, ou como eu entendi que aconteceram as coisas, sem verdades únicas, e sem ser a dona da ração, 2) o Autoconhecimento. Quando você faz atividades de desenvolvimento pessoal é como se você limpasse esses óculos embaçados e começa a ter mais clareza das situações, sendo mais objetivos como receptores de uma mensagem e, sendo capazes de deixar as emoções e experiências passadas, ganhando maturidade emocional, sendo responsáveis emocionalmente por nós mesmas e pelos outros.
Desde que eu aplico isso (nem sempre com êxito, claro!) meus relacionamentos têm mudado muito. Eu tenho mudado muito, eu tenho ficado mais compassiva, mais aberta a escutar, e isso fez com que eu tenha mais compaixão e abertura na hora de falar.
Tem um livro que fala disso que se chama “Comunicação não violenta” de Marshall B Rosenberg, super indico!
Você já tinha ouvido falar sobre? Você aplica isto ou gostaria de aplicar?gostaria aplicar? Me conta 🤓
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